Friday

6 letras e uma conclusão

de repente, apercebi-me que o que pesa não é esperar por quem não vem. é não existir ninguém por quem esperar.

Thursday

(saudades de) viena.


a mariahilferstrasse de noite, descê-la pela primeira vez com a e., a tranquilidade da noite de viena. os museus de história natural e de história de arte, o ring, hofburg, stephansplatz. a catedral que parecia uma miragem, deambular, karlplatz, a fonte que jorrava palavras de água, o edifício da revolução artística. a conversa corrida que acompanhava os nossos passos errantes.


o café kafka e eu e a noite chuvosa. uma voz nostálgica cantava ao fundo. duas amigas conversavam (quase sussurravam) numa mesa à janela. depois vieram os radiohead, e os arcade fire, e o beck. o blaufrankisch facilitava a transposição dos pensamentos e emoções para o papel.


percorrer a cidade de bicicleta, o sol a espreitar por detrás das nuvens, as pessoas a sorrir, o ar da manhã.


o percurso que o jesse e a celine fizeram antes do amanhecer. o anjo dourado, concordia platz, as escadas da igreja. o ambiente do filme, cinzento e sereno.


a franziskanerplatz, o kleines cafe, e os copos de blaufrankisch.


o parque de diversões, a roda gigante do beijo, o céu carregado, e a mente leve.


no final do dia, o danúbio à chuva.


a embaixada lomográfica naquela manhã fria e de vento cortante. a sensação de descoberta de algo único e desconhecido.


nós.


a chuva que caía copiosamente sobre hofburg e o sol branco e insistente que espreitava por detrás das nuvens. o arco-íris completo que, depois, rasgou o céu da cidade.


o calor dos cafés de viena. os abraços que me protegiam do frio.


a casa do freud na bergasse. dietrichstrasse e as memórias de um tempo que não vivi mas que está marcado no meu sangue. imaginar as cenas quotidianas com uma nitidez impressionante, sentir um carinho inexplicável por aquela cidade, a cidade que me viu nascer.


Sunday

i don't know what i knew before